terça-feira, 17 de abril de 2012

E mais uma história de amor que nos chega de Barcelona:


Já nos conhecíamos a algum tempo e falávamos muitas vezes, éramos do mesmo grupo de amigos, mas desde há uns tempo que falávamos mais intensamente. 
Num dia super normal e a falarmos como sempre e como amigos, decidimos marcar uma ida ao cinema os dois. 
No dia do cinema ele disse que eu estava linda como sempre, foi uma noite fenomenal, foi simplesmente lindo, partilhamos tudo, foi como se só nós dois existíssemos e nada mais. 
Em plenos mês de Outubro, numa noite muito tranquila e amena, como habitual fomos todos tomar café. Entretanto os rapazes tinham combinado ir à pesca e eu e a uma amiga decidimos ir também. 
Fomos os dois no seu carro, chegamos e ficamos com a mesma cana. Depois de algumas brincadeiras, eu sentei-me sossegada na toalha a olhar para o mar e foi aí que ele veio ter comigo, abraçou-me e ficamos ali os dois, até que me beijou com uma intensidade que parecia que o mundo tinha parado, que só nós existíamos, o meu coração estava prestes a sair pela boca de tanta felicidade, só me apetecia gritar ao mundo o quanto gostava dele. E foi aí que tudo começou, nessa noite de pescaria, como lhe chamamos daí em diante!
No dia seguinte como habitual falamos e eu fui ter com ele à sua faculdade, esperava que me recebesse como uma mera amiga, com dois beijos na cara, mas não, para minha surpresa, recebeu-me calorosamente com um: 
- Olá baby! 
E de seguida um beijo intenso, tão intenso ou mais que o da noite anterior!
Fazíamos cada um a sua vida, sempre com o lema de que "apesar de sermos namorados, não temos que andar sempre um ao lado do outro".  
Um dia, ao cumprimentar um amigo, demos um pseudo-beijo, como até se costuma chamar, um beijo de chapa, pois íamos os dois a cumprimentar-nos na mesma bochecha, isto para mim afetou-me imenso, corri logo a contar ao meu namorado, ele disse que não fazia mal, que não tinha importância e deu-me um abraço tão apertado e reconfortante que valeu pela vida. Mas nessa noite tínhamos combinado que ele ia dormir lá a casa e quando falei com ele, disse-me que não conseguia ir dormir lá, por causa dos acontecimentos desse dia, aceitei e deixei-o pensar sobre tal. 
No dia seguinte combinamos falar, expliquei-lhe novamente o que se tinha passado e por sorte o tal rapaz com quem aconteceu o "acidente do pseudo-beijo" tinha ido falar com ele nessa tarde. Foi então que depois de uma longa conversa resolvemos as coisas, ele voltou a dar-me aquele abraço apertado e reconfortante que me encheu o coração e ficamos ainda melhor do que o que estávamos. 
Andámos assim cerca de 2 meses, era tudo tão perfeito, estávamos juntos todos os dias e praticamente todas as noite, necessitávamos um do outro. Até aquela noite de quinta-feira, em que ele me foi levar a casa e eu com a maior das certezas lhe disse:
- Gosto muito, mesmo muito de ti! 
E ele nem falou, despediu-se com um beijo "seco" e foi-se embora! 
Na sexta-feira a seguir, procurei-o, mandei-lhe mensagens, liguei-lhe para que se viesse despedir de mim, porque eu ia passar o fim-de-semana fora com uma amiga e nada, nem mensagens, nem atender o telefone, nada, parecia que ele não me queria ver, que ele se tinha esquecido de mim, que tinha deixado de se importar comigo, sei lá, parecia que eu tinha morrido assim do nada para ele. 
Não sei o que se passou, mas nesse fim-de-semana pouco me disse, apenas me enviou duas mensagens e praticamente a falar comigo como se eu fosse uma mera amiga, como se nem sequer nós tivéssemos uma relação. 
Depois do fim-de-semana em que tentei fazer de tudo para me abstrair do que se estava a passar e já farta de ser eu a dar o "braço a torcer", esperei que fosse ele a dizer alguma coisa, não o fez, não me procurou, nada, até eu lhe mandar uma mensagens, a pedir para falarmos e esclarecermos tudo. 
Então decidimos falar há quase duas semanas que não estávamos juntos, que não falávamos, que nem sequer por mero acaso nos víamos, quer dizer, ele viu-me uma vez a passar na sua faculdade, mas não teve a coragem de vir ao meu encontro e falar comigo, visto que eu estava de costas e não o consegui ver, soube isto por uma colega que assistiu. 
Chegou o derradeiro dia em que tínhamos combinado falar, disse-lhe para ir lá a casa, assim o fez. Quando chegou começou com a habitual conversa do está tudo bem, como tem corrido a faculdade, como correram os exames, etc... Até que eu lhe disse:
- Bem, não foi bem para isto que vieste aqui, se não te importares vamos ao que interessa, já não aguento mais não saber o porque de me estares a evitar assim e de não me dizeres nada?
- O que se passa é que eu tenho estado cheio de trabalhos e exames da faculdade e não consigo estar muito tempo contigo. - Ele
- Esta bem, mas isso não é desculpa. Se não dá para estarmos todos os dias juntos, podemos estar menos dias sei lá, mas eu gosto de ti e quero estar contigo. 
- Sim, mas não dá mesmo para continuarmos, estamos a aproximar-nos muito e a precisar cada vez mais um do outro, e não dá mesmo! Eu gosto muito de ti como amiga, a sério! - Ele
- Ok, então se é isso que tu queres, seja feita a sua vontade! Continuamos a ser amigos, espero eu. (Respondi-lhe com firmeza e brualidade, mas por dentro tinha o coração desfeito em minúsculos pedaços)
- Sim claro que sim! - Ele
Despedimos-nos e eu tentei ser forte, mas onde é que já não vai essa força, desatei a chorar, parecia eu uma "Madalena arrependida", a minha sorte foi a de ter uma amiga por perto, foi ela que me apoiou neste momento. 
Entretanto continuamos a falar como amigos, mas nada como dantes. 
E sou sincera, passados alguns meses e mesmo estando bastante longe, em Barcelona, eu continuo a gostar dele e cada vez mais, sei que já o devia ter esquecido e tudo mais, como muita gente me diz, mas há certas e determinadas coisas que são fáceis de sair da cabeça, agora do coração é que é difícil.

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